Thursday, March 15, 2007

1º artigo - manual de boas práticas [01]

Tendo como pano de fundo o "Guia de Boas Práticas na Construção de Web sites da Administração Pública Directa e Indirecta do Estado", esta primeira petição on-line pela Acessibilidade da Internet Portuguesa para a Administração Pública dá as primeiras directrizes para o bom aproveitamento e bom funcionamento de um web site para a AP. Analisando o web site da Direcção Geral de Impostos do Ministério das Finanças podemos afirmar que existiu um cuidado especial com este web site já que se trata de um portal importante para todos os contribuintes.

O website apresenta a informação prevista como minima e indispensável: identificação do organismo, missão e descrição de actividades, politicas de privacidade e de responsabilidade, bem como a sua estrutura organizacional. De bastante relevância são também as FAQ's que, neste website da Administração Pública, se encontram distribuídas por várias secções. É possível obter informações sobre diplomas legislativos e códigos tributários certamente as informações mais procuradas pelos utilizadores que acedem a este website.

A actualização deste website tem de ser, obrigatoriamente constante. De que vale ter um website da Administração Pública com a função de servir a comunidade se não se assumir esse compromisso? A actualização da informação, actualizações legislativas, actualidade dos impostos, bem como a sua origem, data de criação e publicação devem estar sempre presentes e também sempre visíveis ao utilizador.
Nesta questão da actualização torna-se também muito importante a própria actualização do website. Está provado que os "broken links" são dos motivos pelos quais os utilizadores deixam de visitar determinada página. Relativamente ao DGCI, este caso não se confirma. Todos os links funcionam.
No que diz respeito a links externos, que são uma lista considerável, nem todos abrem novas janelas, o que pode não ser o mais correcto, visto que o utilizador será obrigado a carregar no botão do browser “back” para voltar à DGCI.

A informação está disposta de forma clara para uma assimilação correcta e fácil. Devido à quantidade de informação o website da DGCI pode-se tornar confuso duma primeira utilização ou para pessoas com debilitações. No entanto a linguagem é clara para correcta interpretação, e a imagem do website é uniforme e consistente no seu todo.

No website da DGCI o motor de busca encontra-se correctamente na homepage e este realiza pesquisa a dois níveis: páginas e documentos. Uma pesquisa bastante útil para os utilizadores.
O website é compatível com pelo menos 2 dos browsers mais populares (Internet Explorer e Mozilla Firefox) o que abrange mais utilizadores. A navegação pode ser feita numa resolução gráfica mínima de 800x600, com uma resolução menor as barras de scroll horizontais aparecem.

A rapidez de download é também bastante importante se primamos por um acesso à informação para todos os cidadãos. É necessário considerar que nem todos os cidadãos possuem Internet, muito menos Internet de banda larga. É fundamental então que o download da homepage e dos conteúdos seja rápido e eficaz. A DGCI tem downloads superiores a 8 segundos.

Para melhorar o serviço ao cidadão, o organismo da AP, no seu website, deve ter disponível todos os formulários utilizados. Estes deverão estar ao dispor dos cidadãos para download e versão impressa. Para além dos formulários, os respectivos guias de auxílio ao preenchimento devem estar disponíveis. A interacção on-line e o feedback têm aqui um papel preponderante. A DGCI não possibilita a interacção on-line, apenas disponibiliza um numero de apoio.

Relativamente a acessibilidade, testado o website da DGCI recorrendo ao sistema WebXACT, podemos verificar que o website não está preparado para cidadãos com condições especiais.
As falhas mais graves (prioridade 1) são a de não providenciar texto alternativo para as imagens existentes e para as imagens botões. Isto traduz-se num grave problema para utilizadores que dependam de periféricos diferentes para terem acesso à informação. Para pessoas que dependam de periféricos sonoros, ou de leitura Braille, a não inserção de texto alternativo pura e simplesmente bloqueia o acesso à informação. Outros erros existentes: falta de legendas, elemento TAG; links com algum texto não explícitos da ligação que possuem e não deveriam ser repetidos;

O website à primeira vista parece acessível a todos mas quando analisado profundamente, verifica falhas ao nível de markup language, dificultanto o acesso a utilizadores com necessidades especiais.

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